Em Defesa da Honra
da
Santíssima Virgem
marcos luis garcia
blog
resistir na fé
Até o momento em que escrevo, não tive notícia
da retirada do quadro blasfemo pintado por Richard Hamilton e exposto na National
Gallery de Londres.
O quadro distorce
completamente uma das obras mais conhecidas do bem-aventurado Fra Angélico, a
Anunciação, na qual o arcanjo São Gabriel anuncia a Nossa Senhora que Ela seria
a Mãe do Messias.
Conservando o cenário
original da obra, Richard Hamilton pintou uma mulher alada completamente nua
representando o arcanjo, e no lugar da Santíssima Virgem também outra mulher
nua, deturpando assim sacrilegamente o sentido do quadro.
Durante a Paixão, Nosso Senhor Jesus Cristo
suportou todas as ofensas feitas contra a Sua divina pessoa, mas em nenhum
momento permitiu que tocassem em Sua Santíssima Mãe. Entretanto não hesitou em
tecer duas vezes os chicotes com os quais expulsou, cheio de cólera, os
vendilhões do templo. Mal posso imaginar o que teria ocorrido ao artista
Richard Hamilton se Nosso Senhor, naquele período, o flagrasse pintando o seu
amaldiçoado quadro.
É indignante para qualquer católico autêntico,
e de modo especial para os consagrados como escravos de amor a Nossa Senhora
segundo o método de São Luiz Maria Grignion de Montfort, ver a Mãe de Deus e
nossa sendo ofendida de tal maneira a propósito do acontecimento que é o
fundamento da Redenção, quando Sua Honra brilhou de maneira inexcedível.
Ademais, a Anunciação é considerada a festa
dos escravos de Nossa Senhora, pois foi a ocasião em que com profunda humildade
Ela proferiu a frase: “Eis aqui a escrava do Senhor, faça-se em mim segundo a
sua palavra”.
Outro aspecto que deve
encher de indignação o coração dos católicos é a insinuação impura colocada por
Richard Hamilton em seu quadro. Sabemos que Nossa Senhora, ao ser convidada
para ser a Mãe do Messias, perguntou como isso daria, uma vez que Ela estava na
determinação de não violar a Sua virgindade. E só aceitou depois de o Anjo
afirmar que seria por obra e graça do Espírito Santo. Existe, portanto, um
abismo insondável e intransponível entre a Virgem Puríssima e a mulher
despudorada do pintor blasfemo.
Onde este encontrou a
inspiração para tão infeliz composição? Por que tisnar aos olhos de quantos
contemplem o quadro, a altíssima elevação com a qual a Anunciação brilha para
os católicos? É o primeiro mistério do Santo Rosário!
Seria ele um obcecado
sexual, um sexomaníaco, um sexolatra, dessa espécie de gente incapaz de ver
qualquer coisa por outro prisma que não o sexual?
Além do mais é
desonesto, por deformar, usando elementos idênticos, uma obra de arte de um
Bem-Aventurado que a compôs com intenção absolutamente contrária.
Nenhum católico pode
desejar que alguém vá para o inferno. Mas porventura não poderá ter sido este o
destino do infeliz artista?
Ficaríamos alegres em
saber que ele teve uma conversão profunda e se salvou – o que não é impossível,
mas muito pouco provável. Neste caso, que se dirija ao Beato Fra Angélico e lhe
peça perdão pelo efeito post histórico de seu quadro, e implore a Nossa Senhora
que ponha fim a tal exposição e à péssima obra que produziu.
Mas caso ele tiver
recusado todas as instâncias da misericórdia de Deus e morrido ímpio, a justiça
de Deus há de aumentar-lhe consideravelmente os sofrimentos como paga por tão
nefando quadro contra a Santíssima Virgem.
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