quinta-feira, 28 de fevereiro de 2013

Apostolica Sedes Vacans





Esta pergunta só será respondida daqui alguns dias,  mas tem algo que todos nós, católicos do mundo inteiro, podemos fazer: rezar e enviar uma mensagem ao Papa ainda desconhecido.
Por que enviar uma mensagem para aquele que ainda nem sabemos o nome?
Porque esta mensagem será dirigida ao Vigário de Cristo, seja ele quem for.
Ela manifestará o que você, fiel católico, espera do futuro pontífice.


Ela será sua participação efetiva na luta da Igreja em defesa dos “valores não negociáveis” atacados por pessoas e movimentos que propagam o aborto, a eutanásia e a união de pessoas do mesmo sexo. Logo no início ela explica a razão de ser: “Antes mesmo que se saiba quem será escolhido como novo Sucessor de São Pedro, queremos dirigir a ele uma súplica.”
Ela será a sua Prece ao Divino Espírito Santo para que se eleja aquele que for o mais apto para dirigir a Barca de Pedro.
Veja que católicos do mundo inteiro estão participando. Os números aparecem no site. Acompanhe dia a dia.
NÃO DEIXE TAMBÉM DE CONVIDAR TODOS OS CATÓLICOS QUE VOCÊ CONHECE PARA TAMBÉM ENVIAREM A MENSAGEM.
Se você tem uma página na Internet, divulgue esta campanha. Entre aqui e veja as opções de banners para você publicar.


 


 leia abaixo e envie!

Antes mesmo que se saiba quem será escolhido como novo Sucessor de São Pedro, queremos dirigir a ele uma súplica.
Pois a transcendência do que vamos pedir independe das características pessoais de quem venha a ser eleito.
Esta é, pois, uma Reverente e Filial Mensagem ao Papa ainda não conhecido:


Santo Padre,   não fosse a promessa feita por Nosso Senhor Jesus Cristo de que "as portas do inferno não prevalecerão" contra a Igreja (Mt 16,18), poderíamos afirmar com dor no coração que, ao longo da História, a Barca de Pedro nunca esteve envolvida numa tempestade tão dramática e universal como a de nossos dias.
Com efeito, é patente no interior da Santa Igreja a “apostasia silenciosa” de milhões de fiéis, conforme constatado em recente Sínodo dos Bispos.
Verdades fundamentais da fé, como a ressurreição de Cristo, a virgindade de Maria, a presença real na Eucaristia, a existência do Inferno, etc. são levianamente postas em dúvida até por altos representantes da Hierarquia.
Princípios morais básicos como a indissolubilidade do Matrimônio (e a consequente iliceidade de uma “segunda união”), a grave deformidade moral das relações homossexuais, o crime monstruoso do aborto, a espantosa crueldade da eutanásia, a imoralidade do preservativo, etc. são considerados como ultrapassados e precisando ser submetidos a uma revisão para adaptá-los aos novos costumes sociais.
Agrava esse quadro a crise do Clero e das congregações religiosas, masculinas e femininas — manifestada na queda vertiginosa de vocações — que se acentuou com a iniciativa rebelde dos párocos austríacos, a qual alcançou repercussão entre sacerdotes do mundo inteiro, e a escandalosa revolta da principal confederação de freiras dos Estados Unidos contra uma justa e necessária intervenção das autoridades vaticanas.
A essa dramática crise interna soma-se a agressividade dos inimigos externos. Em primeiro lugar, o “tsunami de laicismo” que se espalha nas nações ocidentais e leva vários governos a quererem forçar a Igreja e as instituições católicas a se tornarem cúmplices em inúmeras violações da Lei de Deus, sob pretexto de que o Estado não reconhece nenhuma lei superior à soberania popular.
Soma-se a isso a perseguição impiedosa aos cristãos em numerosos países muçulmanos e naqueles que ainda gemem sob o comunismo, como a China, o Vietnã, a Coreia do Norte ou Cuba.
Diante dessa total oposição a Deus e à sua Lei, na vida pública e privada, alguém é capaz de imaginar o que será do mundo daqui a 20 ou 30 anos? Provavelmente mais trágico do que o estado da humanidade no fim do Império Romano.
Mas, assim como, no meio daquelas ruínas, um São Gregório Magno ou um São Leão Magno souberam converter os bárbaros e colocar as bases para a mais bela e requintada civilização que a História tenha conhecido — a civilização cristã — Vós também podeis, com o carisma próprio ao Vigário de Cristo e o auxílio do Céu, enfrentar vitoriosamente a atual e dramática crise religiosa, moral e social.
Essa ajuda do Céu e essa vitória final já foram anunciadas por Nossa Senhora em Fátima, quando alertou que o mundo sofreria grandes castigos e que muitas perseguições seriam movidas contra a Santa Igreja; mas ao mesmo tempo Ela prometeu: ”Por fim, o meu Imaculado Coração triunfará”.
De joelhos diante de Vós, Vos suplicamos: não Vos deixeis enredar nas insídias do laicismo ateu ou agnóstico, combatei-o com confiança no auxílio divino e milhões e milhões de almas serão reconduzidas ao bom caminho! Dizei uma só palavra com a vossa autoridade de Sucessor de São Pedro, e a fumaça de Satanás será banida do mundo e do interior da Santa Igreja, como Nossa Senhora prometeu!
Esse é o apelo que nós — católicos, apostólicos, romanos, abaixo-assinados — Vos fazemos, Santo Padre ainda desconhecido, genuflexos em espírito diante de vossa figura de doce Cristo na terra.



quinta-feira, 21 de fevereiro de 2013

Reflexão



 Blog Resistir Na Fé








Que Nosso Senhor, cabeça da Igreja, suscite um novo Adriano VI proporcionado aos problemas de nossos dias. Para edificação e esperança dos leitores, a leitura do texto abaixo parece realmente oportuna.

Esse texto, contendo uma alentada citação do Papa Adriano VI, é de Plinio Corrêa de Oliveira, e o extraímos de seu prefácio ao livro: “A TFP: uma vocação. TFP e famílias. TFP e famílias na crise espiritual e temporal do século XX”. (http://www.pliniocorreadeoliveira.info/PRE_8602_Papa_AdrianoVI_meaculpa.htm).
Por brevidade, deixamos de transcrever as notas de rodapé referentes ao prefácio.




A família e a Igreja em crise
A responsabilidade por essa situação desastrosa não toca apenas ao Estado.
A Santa Igreja Católica, a única verdadeira Igreja de Deus, se vê envolta hoje em uma crise cuja gravidade já foi discernida por Paulo VI, bem insuspeito, entretanto, de pessimismo ou animadversão para com o mundo moderno, ao qual fez aberturas que surpreenderam por vezes não poucos dentre os melhores.

João Paulo II, entretanto tão benévolo – ele também – em relação ao mundo moderno, expendeu reflexões análogas; e um Prelado eminente pelo saber e pelas altas funções que ocupa na Santa Igreja, o Cardeal Joseph Ratzinger, Prefeito da Sagrada Congregação para a Doutrina da Fé, publicou em 1985 seu famoso "Rapporto sulla Fede", no qual se deve louvar a nobre franqueza com que descreve sintomas altamente expressivos da crise que lavra como um incêndio no interior da Santa Igreja.

O valor deste autorizado testemunho cresce ainda de ponto considerando-se que o Purpurado, quer no conjunto de sua obra de intelectual, quer em sua atuação à testa do ex-Santo Ofício, vem seguindo uma linha que não permite incluí-lo honestamente entre os que as "mass-media" qualificam de reacionários, saudosistas, extremistas da intolerância etc.

Ora, de onde procede essa dolorosa crise na Igreja? Sem dúvida, e em larga medida, de agentes do Leviatã comunista que, de fora da Cidade Santa, se empenham com esforço total em destruí-La. Mas uma pesquisa dos fatores dessa crise não seria lúcida nem proba se se limitasse a olhar para além dos muros dEla. Cumpre indagar se também entre os católicos – entre os leigos bem entendido, mas também nas fileiras augustas da Sagrada Hierarquia – há propulsores de tal crise.

A pergunta pode surpreender a alguns… dia a dia menos numerosos. Não faltará ainda quem brade, alarmado, que ela é escandalosa, revolucionária, blasfema.
É explicável que a tais reações conduza a crassa ignorância religiosa em que estão imersos tantos fiéis neste triste ocaso do século XX. Na realidade, se conhecessem melhor a doutrina e a História da Igreja, a reação deles seria bem outra. A fim de evitar digressões doutrinarias, destinadas a aplacar tal estranheza, as quais se afastariam por demais do eixo central das presentes considerações, basta lembrar aqui um documento memorável, a instrução do Papa Adriano VI (1522-1523), lida pelo Núncio pontifício Francisco Chieregati aos Príncipes alemães reunidos em dieta, em Nuremberg, em 3 de janeiro de 1523.

Transcreve largos trechos desse documento o historiador austríaco Ludwig von Pastor em sua obra célebre "Geschichte der papste" – História dos Papas. A conjuntura em que essa instrução foi ditada pelo Pontífice se insere na terrível crise protestante do século XVI, tão semelhante e ao mesmo tempo tão menos profunda do que a de nossos dias.

Dessa Instrução destacamos os seguintes tópicos:

"Deves (dirige-se o Pontífice ao Núncio Chieregati) dizer também que reconhecemos livremente haver Deus permitido esta perseguição a sua Igreja, por causa dos pecados dos homens, e especialmente dos Sacerdotes e Prelados, pois de certo não se encurtou a mão do Senhor para nos salvar; mas são nossos pecados que nos afastam dEle, de modo que não nos ouve as suplicas.
"A Sagrada Escritura anuncia claramente que os pecados do povo tem origem nos pecados dos sacerdotes, e por isto, como observa (São João) Crisóstomo, nosso Divino Salvador, quando quis purificar a enferma cidade de Jerusalém, dirigiu-se em primeiro lugar ao Templo, para repreender antes de tudo os pecados dos sacerdotes; e nisso imitou o bom médico, que cura a doença em sua raiz.
"Bem sabemos que, mesmo nesta Santa Sé, ha já alguns anos vem ocorrendo, muitas coisas dignas de repreensão; abusou-se das coisas eclesiásticas, quebrantaram-se os preceitos, chegou-se a tudo perverter. Assim, não é de espantar que a enfermidade se tenha propagado da cabeça aos membros, desde o Papa até aos Prelados.
"Nós todos, Prelados e Eclesiásticos, nos afastamos do caminho reto, e já há muito não há um que pratique o bem. Por isso devemos todos glorificar a Deus e nos humilharmos em sua presença; que cada um de nós considere por que caiu, e se julgue a si mesmo, ao invés de esperar a justiça de Deus no dia de sua ira.
"Por isto (igualmente) deves tu prometer em nosso nome que estamos resolvidos a empregar toda a diligencia a fim de que, em primeiro lugar, seja reformada a Corte romana, da qual talvez se tenham originado todos esses danos; e acontecerá que, assim como a enfermidade por aqui começou, também por aqui comece a saúde.
"Nós nos consideramos tanto mais obrigados a levar isto a bom termo, quanto todo o mundo deseja semelhante reforma.
"Porém não procuramos nossa dignidade pontifícia (o Papado que Adriano VI exerce), e de mais bom grado teríamos terminado na solidão da vida privada nossos dias; de bom grado teríamos recusado a tiara, e só o temor de Deus, a legitimidade da eleição e o perigo de um cisma nos determinaram a aceitar o supremo munus pastoral. Em consequência, queremos exerce-lo não por ambição de mando, nem para enriquecer nossos parentes, mas para restituir à Santa Igreja, Esposa de Deus, sua antiga formosura, prestar auxilio aos oprimidos, elevar os varões sábios e virtuosos, e genericamente fazer tudo o que compete a um bom pastor e verdadeiro sucessor de São Pedro.
"Não obstante, que ninguém se surpreenda, se não corrigirmos todos os abusos de um só golpe; pois as doenças estão profundamente arraigadas e são múltiplas; pelo que é preciso proceder passo a passo, e opor primeiramente os oportunos remédios aos danos mais graves e perigosos, para não perturbar ainda mais a fundo por meio de uma precipitada reforma de todas as coisas. Com razão diz Aristóteles que toda mudança repentina é muito perigosa para uma sociedade" .



 Quantos ensinamentos profundos há a deduzir dessas nobres e sábias considerações! Ninguém as pode tachar de irreverentes para com a Santa Igreja, de escandalosas, revolucionárias, blasfemas, como de bom grado o fariam certos católicos de vistas estreitas.
E quantos exemplos concretos haveria que citar em cada país da Cristandade contemporânea em confirmação desses ensinamentos de Adriano VI! (...).